terça-feira, 11 de janeiro de 2011

a Próxima Vítima

Por que as pessoas morrem? Ninguém devia morrer. Como diz a Cris Guerra, “Da primeira vez que morri, não gostei. Não morro de novo nem morto”. Talvez o texto de hoje fique meio filosófico, e acho que vocês vão entender o porquê.


A morte é mesmo uma coisa engraçada. É sempre igual, mas diferente. Se me permitem explicar a frase anterior, é mais ou menos o seguinte: Por mais que no final sempre tenha um velório com caixão no centro, viúva ao lado, coroas de flores ao redor e aqueles clichês fúnebres do tipo “ele era uma pessoa tão boa...”, cada defunto tem seu jeitinho peculiar de dar tchau. É, ninguém morre igual a ninguém.

Tem gente que morre de morte morrida. Tem gente que morre de morte matada. Alguns, ao estilo Elvis Presley, morrem e continuam vivos. Tem gente que escolhe fingir que morreu, como o Paul. Tem gente que morre de mentirinha, tem gente que finge que morreu para dar um golpe na vilã da novela, tem gente que morre só na cabeça da gente. Tem gente que fica naquele morre-não-morre que dá aflição. Tem gente que parece que vai morrer, fica boa de novo e morre por outra coisa totalmente diferente. Ai, ai...

Mas e depois de morrer? Pra onde elas vão?
Ilusão pensar que vai todo mundo para o mundo feliz de “Nosso Lar”. Assim como a morte, o destino de cada um após a vida é algo totalmente singular.

Tem gente que morre e vai direto pro céu, tem gente que fica no meio-termo dos umbrais, tem gente que (não-sei-por-que) prefere ficar pedindo ajuda no Viaduto das Almas. Tem até gente que gosta de canto de parede de casa velha!De qualquer maneira, a morte é sempre ao estilo Lenine. “Avassalador, chega sem avisaaar...”. Mesmo quando é esperada, é inesperada.

Antes do Natal, jurei que o Zé de Alencar não passaria do ano novo. E olha ele lá! Em compensação, a minha vizinha (e melhor amiga da minha avó), pessoa que eu julgava simplesmente imortal, deu um grito de manhã na cozinha e foi gritar de novo só lá no céu. Minha avó foi ligar pro moço que lava a caixa d’água e descobriu que ele foi assassinado. Outro vizinho, esse ainda hoje, morreu lá no Rio. O sócio do meu tio veio a BH para uma reunião e foi encontrado morto no quarto do hotel. Que destino. Só por precaução, minha mãe foi ao banco hoje e fez um seguro de vida.
Vou confessar: tenho medo de morrer. Tenho medo de não realizar os meus sonhos (assunto do próximo post) a tempo de partir. Nos últimos dias sonhei com crucifixos, caixões e enterros. Fui procurar um auxílio de Bibliomancia, abri a bíblia justamente no Apocalipse. Será o Benedito?

Se algo acontecer, vocês já sabem. Estava escrito aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cruz credo!
Avada Kedavra!

15 de janeiro de 2011 às 12:07
Giulia Lage Amaral disse...

Hahahaha você tá de prova que eu sonhei com o crucifixo, até me serviu de oráculo!

15 de janeiro de 2011 às 14:47

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