Resenha - Annabel & Sarah


Já estou para escrever esse post há um bom tempo. Ou pelo menos desde que saí para uma sessão pipoca com o Jim Anotsu. Sim, ele é meu amigo. (Invejinha detected em vocês). Bom, venho pensando em escrever isso há vários e vários dias, mas creio que nunca conseguirei descrever, com exatidão, o sentimento que tive enquanto lia cada linha deliciosa de Annabel & Sarah.


Annabel, como é mais conhecido pelos íntimos, é uma ficção que, ao início, parece bastante infantil. Os leitores que gostam de ação e aventura podem ficar desanimados com os primeiros capítulos, mas acredite em mim: a partir do quinto capítulo, fica praticamente impossível largar o livro. Pode parecer uma crítica, mas é justamente essa evolução que confere toda delicadeza e beleza à história.

A cada momento o leitor é surpreendido por uma criatura nova, por um mistério mal resolvido, por uma vontade angustiante de saber como tudo vai acabar. Quando nos deparamos com a Beatrice, então... Comecei a imitá-la até no jeito peculiar de falar que a personagem tem.

Para não dizer que fui totalmente parcial simplesmente por possuir vínculos reais com o autor da obra, faço uma ressalva: TALVEZ o título pudesse ser outro. E olha, o título é o que mais vale. Quem é que não julga um livro pela capa, afinal?


Sem dúvida, Jim Anotsu é um dos jovens escritores mais promissores que o Brasil possui. Com a chegada de grandes livros de ficção estrangeiros, que se tornaram febre, como é o caso de Harry Potter e da Saga Crepúsculo, os escritores brasileiros entraram em desvantagem. Com a escrita de Jim, no entanto, é bastante possível que em breve isso não seja mais um problema: sem perder o toque brasileiro, o autor consegue inovar com uma ficção de proporções internacionais. Já estou na expectativa para o lançamento do segundo volume do nosso querido Jim, que acontecerá (se tudo der certo) agora em maio.



Jim, tudo o que posso desejar a você é o maior sucesso do mundo. Saiba que, enquanto estiver por perto (e mesmo quando não estiver) ainda adorarei conversar sobre literatura, ou sobre qualquer outra coisa. Até sobre o Jeremias da Turma da Mônica, quem sabe...

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Meu Primeiro Salto 15



Acabei de adquirir o salto mais alto da minha vida. Conseguir me equilibrar nele foi a maior prova de que nasci mesmo para ser mulher. E ser mulher não é algo absolutamente fácil. Quantas vezes, meu Deus! Quantas vezes desejei ser homem por pelo menos um dia...

Se eu fosse homem, ficaria satisfeito em poder dormir por mais quarenta minutos e gastar apenas vinte me arrumando para o trabalho.
Se eu fosse homem, não perderia vinte minutos do meu dia só para ler as previsões astrológicas diárias para o meu signo.
Se eu fosse homem, não precisaria me preocupar em usar roupa branca naqueles dias (afinal, não existiriam “aqueles dias”)...
Se eu fosse homem, não teria que gastar horas passando cremes hidratantes ou removedores de maquiagem.
Se eu fosse homem, não me preocuparia em ter que andar rebolando.
Se eu fosse homem, não precisaria me preocupar tanto com quantas calorias tem essa balinha que estou comendo.
Se eu fosse homem, ter apenas três pares de calçados (um chinelo, um tênis e um sapato social) não me incomodaria.
Se eu fosse homem não precisaria ficar loira, ter cabelos brancos seria “charme”.
Se eu fosse homem, não perderia minhas noites de sono pensando em onde está minha alma gêmea nesse exato momento.
Se eu fosse homem, talvez não fosse tão difícil dizer ‘adeus’ ao invés de ‘até logo’.

Se eu fosse homem, minha vida seria totalmente mais fácil. Mas eu não me orgulharia nem um pouco disso. Ser mulher é muito mais penoso. E é por isso que não abro mão de sê-la... Afinal: que homem conseguiria trabalhar dez horas por dia e ainda fazer o jantar quando chega em casa? Que homem suportaria fazer a sobrancelha ou depilar as pernas de 20 em 20 dias? Que homem sobreviveria a quatro dias de uma insuportável TPM?


Que homem conseguiria ter seu coração partido num dia e, mesmo assim, ir trabalhar (lindo e poderoso) no outro?


Nenhum homem consegue essa proeza. Conseguir trabalhar, arrumar a casa, cuidar dos filhos, fazer maquiagem todo dia e ainda ficar magra é exclusividade feminina. Conseguir esconder os problemas por baixo da maquiagem também. Em cima de um salto, então, ninguém me segura! Quer maneira mais rápida de deixar as pernas lindas?
Se há um amigo que consegue me deixar mais segura e confiante em segundos, sem dúvida é o salto. Posso estar ansiosa e desorientada, mas estou por cima. Não venha me dizer, portanto, que minha “síndrome de centopéia” não faz sentido. Pelo menos para mim, estar (e me sentir) bonita me faz instantaneamente sentir mais confiante.
Assim, passo até a ver a vida com outros olhos:

“Se eu fosse homem, sempre teria que pagar a conta.”



A todas vocês, Divas, meus parabéns.

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