Sobre Amor & Sexo

Já aviso de antemão que sou completamente despudorada para falar desse assunto e, se não o mencionei diretamente antes, é porque guardei toda a inspiração necessária para este post aqui (que foi indiretamente induzido por um amigão meu).




Já diziam Arnaldo Jabor e Rita Lee.


Há homens que simplesmente não percebem a importância da relação amor-sexo na vida de uma mulher. E é justamente por isso que vou escrever aqui hoje.
Para começar: O que é o amor?
Eu sou a pessoa que tem a maior mania possível de achar que ama alguém com toda a força do mundo. E, na maioria das vezes, estou enganada. Redondamente. Sabe quando percebi isso? Num dia não muito distante do dia de hoje, em que um amigo me fez a simples pergunta: “Por que você o ama?” E eu não soube responder. Aliás, até soube, mas nenhum dos motivos que dei conseguiu convencer a mim mesma de que eu amava aquela pessoa. E então comecei a ouvir os discursos de várias pessoas sobre o que é o amor verdadeiro, e cheguei nisso aqui:

Ninguém começa a amar o outro de uma hora para outra. Atração à primeira vista existe, sim, mas AMOR é outra coisa completamente diferente. Para amar alguém, é necessário conhecê-lo, saber quais são suas reações às mais diversas situações, compreender cada qualidade ou defeito seu. Como já dizia Aristóteles, “o amor possui como base a admiração.” E é verdade. Como é que você pode amar uma pessoa que você não admire? Num amor consciente (o amor doentio é outro caso) a admiração é o que sustenta esse sentimento tão forte. AMOR é um sentimento muito sublime. Para amar alguém verdadeiramente, antes é preciso aprender a relevar, conversar, acalmar, perdoar, rir do que passou. Não quero fazer alusão a nenhuma religião, mas há uma passagem linda (tanto na bíblia quanto na música de Renato Russo) que demonstra claramente o que é o amor verdadeiro:

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Depois de tudo isso, talvez simplesmente aconteça aquele CLICK. E aí você, de repente, percebe que aquilo ali é mais sério do que você supunha. E sobre o click, quem sabe falar melhor é o meu amigo cafa, do Manual do Cafajeste.
Quando se ama alguém de verdade, quando o click acontece, nada mais normal do que sentir aquela vontade de se entregar de vez àquilo. E vocês sabem bem do que eu estou falando. E aí vêm outros problemas, que são o medo do desconhecido, a vergonha de mostrar o corpo, o pavor de estar fazendo algo que pode te machucar mais tarde. E podem ter certeza de uma coisa: Se uma mulher driblou todos esses sentimentos para se expor de tal forma, é porque ela nutre um profundo e genuíno sentimento por você. Se ela está lhe entregando o corpo, saiba que ela não está te entregando apenas seu corpo. Ela entrega toda a sua alma também. Ela não pensa que pode acabar, pois para ela aquele momento vai ser para sempre um “pra sempre”. Por isso é tão importante a conexão de alma.
A decisão de fazer sexo com alguém é algo muito perigoso, e muito bonito também. Essa relação paradoxal faz com que essa reflexão se torne ainda mais complexa, e é por isso que alguns dizem que preferem só se entregar após o casamento. No entanto, como diz o meu amigo-indutor-de-post, você se “casa” com a pessoa no momento em que se entrega. O “casamento” tem muito mais a ver com a conexão de alma do que com a cerimônia cheia de bolos e bem-casados.
Depois de tudo isso, só tenho uma dica: Tome cuidado, mas ame MUITO. Ame sempre com o máximo que puder, pois como já dizia meu ídolo Fernando Pessoa, “Põe quanto és no mínimo que fazes”. E use camisinha, claro.

Ps.: Gostaria de dedicar esse post a uma querida amiga que, por motivos éticos e óbvios, não identificarei. Apenas tenho certeza de que, quando ler, ela terá certeza de que foi escrito pensando nela...

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